Se você é um empresário tem mesmo de perceber que há Destruidores de Lucros que impossibilitam a sua empresa de obter melhores resultados.
Uma das regras que qualquer empresário deve considerar é guardar algum do seu lucro e investir em áreas fora do seu negócio. Dessa forma a empresa garante uma diversificação que amortece qualquer crise que o setor de atividade da empresa pode vir a sofrer no futuro e possibilita uma sustentabilidade no património da empresa cada vez mais fortificado.
Qualquer empresário adora esta ideia, mas o pensamento é generalizado:
“Como investir parte do lucro se o lucro que tenho é baixo ou nulo?”
Se esse é o seu caso, saiba que há Destruidores de Lucros comuns a muitas empresas que não conseguem gerar dinheiro. São fatores macro, aparentemente sem impacto nos resultados mas que resultam em perdas de margem de lucro absolutamente definitivas.
Veja quais são os Destruidores de Lucros:
1. Drama
Os dramas são pedras na engrenagem na vida de uma empresa. Os conflitos entre os sócios de uma empresa, ou entre os funcionários ou as divisões entre chefias. São exemplos de dramas que impossibilitam o bom desenrolar da atividade da empresa. Em consequência atrasam as ideias e bloqueiam os negócios. Por vezes o esforço colocado para ultrapassar os dramas resultam em desperdícios tremendos e irreparáveis para a geração de lucros.
Da mesma forma o drama pessoal é importante. Portanto, a vida familiar e pessoal do empresário tem impacto direto nos resultados de uma empresa.
Desde já sabemos que a vida do empresário é consumida pela sua empresa e a sua relação familiar acaba por sofrer com isso. Assim, com este tipo de conflito o empresário fica sem a disponibilidade física e intelectual para realizar um trabalho eficiente e limpo de distrações.
2. Más contratações
Investir em boas contratações, com calma e assertivamente, é garantir bons resultados. O inverso também é verdade: contratar mal conduz ao fracasso. De facto, quando não existe estratégia para o recrutamento e este é feito por uma necessidade urgente dificilmente resulta numa boa solução.
Além dos custos de formação e dos recursos usados para a contratação mal decidida há também o consequente tempo de improdutividade. Os custos desperdiçados numa má contratação são gigantes e devoram a sua margem de lucro.
Este é um dos Destruidores de Lucros invisível. Não está espelhado em nenhuma Demonstração de Resultados, mas a verdade é que consome o lucro. Reflita se na sua empresa há ou não há alguém que foi contratado no passado que, se fosse hoje, não o faria.
3. Falta de Formação
Quando se fala em formação dos colaboradores muitos empresários, que não conseguem gerar dinheiro, ficam com os cabelos em pé e dizem:
“E se eu der formação e eles saírem da empresa?”
A pergunta deve ser feita ao contrário:
“E se não der formação e eles ficarem?”
Manter uma equipa que não desenvolva as suas competências, resulta numa gradual destruição de lucros.
A formação e o aumentar das competências dos seus colaboradores é comum a todas as empresas capazes de gerar dinheiro. (Saber mais aqui)
4. Tendência em queda
Permanecer numa tendência de morte é crítico para resultados negativos. Os negócios não são estáticos, não são eternos. Manter uma empresa num rumo que já deu frutos no passado mas que está em queda é um destruidor de lucros.
O empresário precisa de estar sempre informado das novas tendências de mercado, tem de estar sempre a par dos novos produtos, técnicas, ferramentas e novos mercados.
Os empresários deviam saber responder a esta questão a toda a hora:
“Se eu não fizesse isto que estou a fazer e que me está a dar dinheiro, o que devia estar a fazer?”
Definitivamente, a busca pela resposta a esta questão deve ser constante.
5. Bloqueio à mudança
Agora, sabendo o que deve ser feito para mudar, mude. O empresário tem de estar preparado para mudar de rumo aos primeiros sinais de queda. É necessário abraçar a mudança e tratá-la por tu. Em síntese, os bloqueios à mudança destroem os lucros e impossibilitam o crescimento.
6. Mudanças de mais
Por outro lado estar constantemente a mudar de rumo, sem consolidar todas as possibilidades é um erro que não ajuda a manter uma boa margem de lucro. Conforme a vontade do empresário, seja por tédio deste, seja por desejo do drama, estar permanentemente a interromper o rumo e começar uma nova estratégia impossibilita o sucesso da atual aposta.
Definitivamente, tudo necessita de tempo para ficarmos bons. A maioria das recompensas surgem quando somos bons em alguma coisa, logo, se nunca dermos a oportunidade de sermos eficientes em algo dificilmente seremos recompensados.
Analogamente, se um empresário mudar a cada mês ou em cada trimestre o seu curso a probabilidade de atingir a eficiência é baixa e isso traduz-se numa perda de lucros.
Em contrapartida, a maioria dos empresários que conseguem gerar dinheiro mantém-se no rumo traçado e tendem a desenvolver-se na área onde descobriram que têm uma vantagem competitiva ou uma capacidade especial e sabem que é daí que vem o lucro.
7. Má primeira impressão
Uma má primeira impressão é um destruidor de lucros.
Os lucros resultam de relações comerciais e estas são criadas com base na imagem que as partes têm uma da outra.
De acordo com o ditado, “Ninguém tem uma segunda oportunidade de causar uma boa primeira impressão.” Por isso mesmo aposte as suas fichas em causar um impacto positivo na primeira abordagem.
Em suma, se a primeira impressão não for positiva dificilmente alguma vez a relação será benéfica para os lucros da empresa.
8. Má reputação
Do mesmo modo, tudo o que foi dito no ponto anterior é para manter para sempre. A reputação de uma organização é o seu cartão de visita para gerar negócios lucrativos.
Nesse sentido, ninguém gosta de negociar com uma organização que tem a reputação de tratar mal os seus colaboradores, ou com pessoas que estão associadas a comportamentos racistas ou algo do género. Quem tem uma reputação menos positiva parte sempre numa posição desfavorável para uma negociação com consequências diretas nos lucros.
9. Mais é pior
Criar produtos e serviços ad-hoc, em demasia, atrapalha a margem de lucro.
Pode ser contranatura, uma vez que poderíamos ser levados a pensar que com mais produtos e/ou serviços à venda mais dinheiro a empresa geraria.
Ainda assim, produtos em demasia matam o lucro.
Ou seja, as empresas são vistas como especialistas em determinada área. Nesse sentido, quando a empresa abre o seu leque de oferta está perdendo o foco e os clientes perdem-se na diversidade dessa oferta e não associam a empresa a nenhuma especialidade definida.
Além disso, a empresa entra numa complexidade de processos e de gestão, em que todos fazem muitas coisas, com perdas de lucro.
Em conclusão, focar-se no que é importante e essencial traduz-se num ganho de eficiência e de alavancagem nesse negócio.
10. Questões de saude e de bem-estar
A falta de saúde e de bem-estar matam os lucros de uma empresa. Ninguém pensa bem quando está doente. Ninguém executa bem quando se sente mal.
Por esse facto é vital que os empresários promovam uma filosofia de vida saudável e de bem estar, não só para si mas também para todos os colaboradores e família.
Investir tempo em atividades lúdicas e saudáveis, como a prática de desporto, uma simples caminhada, uma escapadinha de fim se semana, exercícios de respiração, etc, não é supérfluo. É garantir um bem estar permanente com impactantes resultados positivos.
Vimos 10 Destruidores de Lucros.
São todos invisíveis. Não se conseguem definir em nenhum mapa financeiro ou contabilístico. Mas existem. E destroem silenciosa e progressivamente os lucros de uma organização.